sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ATENÇÃO, PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DA REDE MUNICIPAL DE PARAOPEBA!

O SIND –UTE - INFORMA: OS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DA REDE MUNICIPAL FARÃO  GREVE DE 48 HORAS NOS DIAS 23 E 24 DE NOVEMBRO (QUARTA E QUINTA FEIRA).

O Prefeito não está cumprindo  a Lei Federal 11.738 que obriga os prefeitos pagarem o Piso Salarial Profissional Nacional  como vencimento básico para formação ensino médio, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal.
Não podemos abrir mão dos nossos direitos já adquiridos, ao longo dos anos.
Convocamos toda a categoria para participar do movimento e Contamos com a compreensão e apoio dos pais, alunos e a comunidade de forma geral na luta pela valorização profissional e por uma educação de qualidade.

QUEM NÃO LUTA PELOS SEUS DIREITOS ESTÁ DANDO A OUTROS O COMANDO DE SUA VIDA!

SIND – UTE – Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação  de Minas Gerais - Subsede de Sete Lagoas

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Atenção trabalhadores(as) da Rede Estadual de SL:


Redução da jornada de trabalho nos três turnos da escola nos dias 16, 17 e 18 de novembro.

Em pauta: 
  16/11- Reunião na Escola
17/11- Reunião com a comunidade escolar
18/11- Assembleia às 17 horas, no SIND-UTE/Sete Lagoas.

sábado, 12 de novembro de 2011

Educadores(as) definem estratégias para conquista da categoria.

Em Assembleia Estadual realizada nessa quinta-feira (10/11), no pátio da Assembleia Legislativa, trabalhadores/as em educação decidiram adotar estratégias de pressão para o cumprimento do Termo de Compromisso assinado pelo governo do estado no dia 27/09/11.
O calendário de mobilização aprovado pela categoria foi o seguinte:
- Mobilização através de uma "operação Governador pague o Piso na carreira": com redução da jornada nos três turnos da escola nos dias 16, 17 e 18 de novembro com as seguintes atividades:
16/11 - Reunião por escola para organização da reunião com a comunidade, discussão sobre como viabilizar a não aplicação das avaliações sistêmicas;
17/11 - Reunião com a comunidade escolar (o material está disponível no site do sindicato);
18/11 - Assembleia local para organizar a mobilização para o dia 22/11 e avaliação do resultado da reunião da comissão tripartite do dia 16/11;
- nova mobilização estadual com assembleia para pressionarmos a assembleia legislativa no dia 22/11;
- não participar das avaliações sistêmicas.
Com a aprovação do calendário de mobilização, a suspensão da reposição (encaminhada como estratégia de pressão) será modificada e retornaremos a repor.
Manifestação Conjunta – Após a assembleia da categoria, foi realizado um ato conjunto com os servidores/as da Polícia Civil, eletricitários e trabalhadores da saúde. Os policiais civis promoveram assembleia e decidiram manter o movimento grevista. Já os eletricitários promoveram manifestação pela manhã em frente a Cemig, e logo em seguida se uniram às demais categorias na Praça da Assembleia. Os trabalhadores/as da saúde promoveram paralisação de 48 horas, para reivindicar o cumprimento do acordo que o Governo fez com a categoria.  
Também participaram das atividades a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Sindágua, o Sindicato dos Correios, DCE da UFMG, Associação Metropolitana de Estudantes (AMES) e várias entidades dos movimentos sociais.



Baixos salários, "bicos" e desrespeitos à profissão de professor

Fonte; www.cnte.org.com.br
 
Recente estudo de professores da Universidade de São Paulo - USP, com base na Pesquisa por Amostragem de Domicílios (Pnad/IBGE-2009), revelou que cerca de 10% dos/as docentes brasileiros/as da educação básica complementam suas rendas com atividades desempenhadas fora do magistério, sobretudo através de vendas de cosméticos.

Para quem vive o dia a dia das escolas públicas, os resultados da pesquisa surpreendem mais pelo baixo percentual de quem pratica outras ocupações do que em razão de os/as professores/as terem que complementar, de fato, os baixos salários a que estão submetidos na maior parte do país.

Outro dado relevante sobre a complementaridade da renda familiar da categoria do magistério pode ser extraído do Censo do Professor (MEC/INEP-2009). O estudo indica que, pelo menos, 1/3 (um terço) do professorado da educação básica pública desempenha dupla ou tripla jornada de trabalho na profissão. Ou seja: a renda é reforçada por meio do principal instrumento de trabalho, porém de forma que compromete a saúde do/a educador/a e a própria qualidade do ensino.
A recorrente economia de recursos do Estado, que concedeu ao magistério a possibilidade de possuir mais de um vínculo empregatício no setor público e que exime os gestores de investir na formação inicial e continuada e nas condições de trabalho da categoria, cada vez mais colide com a perspectiva de melhorar a qualidade da educação. Pior: ao invés de reverter essa realidade, as administrações públicas - paradoxalmente e com o apoio da parcela da mídia subserviente - investe na responsabilização dos/as educadores/as pela baixa qualidade dos sistemas de ensino, cuja gestão, em sua maioria, não permite a participação da comunidade escolar nos processos de formulação, aplicação e verificação das políticas públicas.

Por óbvio que os problemas inerentes à qualificação profissional do magistério não se restringem ao salário. Mas esse, conjugado com a expectativa de carreira e de valorização social da profissão, é o maior deles. Corroborando essa tese, o diagnóstico da meta 17 do Plano Nacional de Educação, que trata da remuneração do magistério, revela que o/a professor/a com formação de nível médio (curso de magistério) detém renda média 38% acima dos demais trabalhadores brasileiros com escolaridade similar. Contudo, essa relação se inverte, na mesma proporção, quando o/a professor/a com formação de nível superior (maioria no Brasil) tem sua renda comparada com os demais trabalhadores de formação universitária. E isso é um fator de desestímulo à qualificação, ainda mais quando o próprio professor precisa arcar com o ônus financeiro de sua formação ou quando não dispõe de concessão de tempo pelos gestores para fazê-la adequadamente.
Para a CNTE, o piso nacional do magistério - vinculado à carreira - representa um primeiro passo na direção da equidade laboral dos/as educadores/as no país, condição fundamental para elevar a qualidade da educação com equidade. Mas muitos governadores e prefeitos - e, agora, até a justiça de um Estado, o Pará, em confronto com a decisão do Supremo Tribunal Federal - insistem em não observar a norma federal que também prevê jornada de trabalho para o/a professor/a com tempo dedicado às atividades extra-sala de aula (preparação e correção de atividades, reuniões pedagógicas e com os pais, formação no local de trabalho, dentre outras).

Outras questões afetas à qualidade da educação e que desestimulam o ingresso da juventude na profissão, ou que afastam, por doença ou desestímulo, os atuais professores das redes de ensino, consistem nas defasagens da formação inicial (sob responsabilidade majoritária de faculdades privadas, ou provida em cursos à distância), na falta de qualificação permanente ofertada pelo Estado, nas jornadas de trabalho incompatíveis com a profissão, nas deficientes formas de contratação no serviço público e nas precárias condições de trabalho e de vida oferecidas aos profissionais - em sua maioria mulheres, o que denota discriminação de gênero nesse setor de atividade profissional. E, sem que esses pontos sejam devidamente contornados, pouco se avançará na valorização do magistério e dos demais profissionais da educação e na melhoria da qualidade do ensino público.