terça-feira, 22 de abril de 2014


COMUNICADO
 
 
O Sind-UTE/Subsede de Sete Lagoas comunica aos/as filiados/as de Curvelo e região que haverá PLANTÃO JURÍDICO com o advogado Dr. Leonardo David Braga Gontijo, no dia 07 de maio (quarta-feira), das 12h30 às 16h30.
 
Local do atendimento: Rua Zuzu Angel, nº 18, sala nº13, centro, Curvelo - Fone (38)3721-5793.
 
A DIREÇÃO

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Trabalhadores em Educação de Minas Gerais têm hoje agenda com o Governo


A reunião foi fruto da vigília dos educadores na porta da ALMG

 
A abertura de um processo sério de negociação com o Governo do Estado – este é o clamor que move hoje os servidores públicos estaduais. Cerca de dois mil trabalhadores em educação de diversas categorias lotaram a entrada principal do prédio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na tarde dessa quinta-feira (03/04), para cobrar um posicionamento do governador e a abertura de negociação com a categoria

Eles permaneceram mobilizados, em vigília, na frente do prédio da ALMG, até conseguirem uma posição do governo, abrindo negociações. A resposta só veio por volta das 22h30, quando foi confirmada reunião com o governo para esta sexta-feira (04/04), às 15 horas. A segurança da Casa fechou as portas de entrada e saída da ALMG e a categoria ficou dividida – parte na porta da Assembleia e o restante no hall principal. Os educadores protestaram.

O ato contou com a participação de integrantes dos movimentos estudantis - União Colegial do Estado de Minas (UCMG) e União dos Estudantes Secundaristas de Minas Gerais (UEE/MG), que levaram seus apoios ao movimento. “Os estudantes são os grandes afetados pela Lei 100, porque sem professores não tem educação”, defenderam os presidentes da UCMG, Francisco Faria e Paulo Sérgio de Oliveira, da UEE/MG, respectivamente.  

A coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, afirmou que o governo Anastasia foi marcado pela ausência da negociação coletiva, pela judicialização e criminalização da luta sindical. ”O governo de Minas adotou essa estratégia, para tentar desarticular a organização sindical e diminuir a sua capacidade de luta e mobilização”, afirmou.

Outra constatação foi a de que a Secretaria de Estado da Educação (SEE), atuou diretamente na abertura de processos administrativos-disciplinares contra lideranças do movimento sindical, além da punição aos trabalhadores que participaram da greve de 2011, já que foram impedidos de assumirem funções de direção ou foram sumariamente demitidos.


“O legislativo estadual fechou as portas para os servidores. Nossa união fortalece o coletivo e vamos nos lembrar desses episódios nas eleições de 2014. Exigimos respeito e continuaremos na luta até sermos atendidos”, reforçou Beatriz Cerqueira.

Na avaliação de Beatriz Cerqueira, foi um dia marcante e de surpreendente mobilização da categoria, com paralisação das escolas de todas as regiões do Estado e o apoio dos estudantes, que garantiram, com muita luta, a marcação da reunião com o governo. A direção do Sindicato considera lamentável a agressão sofrida pela educadora Mirtes, dentro da Assembleia Legislativa. Foi registrada ocorrência e o fato será apurado.

Coletiva de Imprensa

Enquanto os trabalhadores em educação de Minas Gerais iam ocupando o hall de entrada da ALMG, dirigentes de diversos sindicatos do funcionalismo público, entre eles o Sind-UTE/MG, concediam coletiva, na Sala de Imprensa. Representantes da Educação, Saúde, Polícia Civil, Eletricitários, Auditores Fiscais, Professores das Universidades Estaduais (UEMG e UNIMONTES) fizeram um balanço da gestão Anastasia e denunciaram, além da falta de investimentos, a existência de equipamentos sucateados e os baixos salários de todo o funcionalismo público.

O ex-presidente do Sindifisco/MG, Lindolfo Fernandes, informou que a dívida do Estado passou, nos últimos oito anos, de R$34 para R$85 bilhões, além da redução de gastos com a área social. Disse ainda que o governo abriu mão de R$10 bilhões de renúncia fiscal e afirmou que Minas Gerais ocupa a 24ª posição no ranking nacional na aplicação de verba em saúde e na educação.

O coordenador do Sindieletro/MG, Jairo Nogueira, falou que no setor elétrico uma das maiores preocupações são as terceirizações. “Tememos o apagão técnico em função das demissões, já que os terceirizados, às vezes, não sabem operar as máquinas e equipamentos – não por desconhecimento, mas por falta de preparo e treinamento disponibilizados pela empresa. Este governo não vai deixar saudade.”

O presidente do Sindipol, Denilson Martins, também fez críticas à condução do setor de segurança na atual gestão. “Há oito anos, reivindicamos aumento do quadro efetivo e não temos sido atendidos. Fizemos 156 dias de greve e hoje foi aberto concurso para mil vagas. Neste período, os crimes no Estado aumentaram em torno de 600%.”

O presidente do Sindicato dos Professores da UEMG, Nelson Ribeiro, revelou uma situação preocupante. “Para nós, do ensino superior, após o julgamento do STF sobre a Lei 100, vivemos um quadro caótico, é preciso rever esta questão.” Ele informou será realizado um ato na segunda-feira (07/04), na Rua Paraíba, número 29, às 14h, para definir estratégias e buscar novos caminhos para a categoria. Afirmou ainda que semelhante situação vivem os servidores da UNIMONTES, onde mais da metade dos professores são efetivados e não há concurso público há 12 anos.

O diretor do SindSaúde, Renato Barros, denunciou a arbitrariedade deste governo. “Os concursos na Fundação Ezequiel Dias (Funed), Fundação Hemominas e Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) só aconteceram por força de decisão judicial”. Falou da falta de investimento no setor e exemplificou com o recente episódio de descaso - o alagamento nos setores de Tomografia e Raio X do Hospital João XXIII.   

Durante a coletiva de Imprensa, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, apresentou o Balanço do Governo Anastasia, sob o olhar dos trabalhadores em educação.(wwwsindutemg.org.br)